domingo, 21 de junho de 2009

Vivenciando uma nova cultura organizacional


Quando se fala em cultura organizacional, tenho a impressão que as pessoas não reconhecem a proximidade dela com o seu dia-a-dia. Mas basta conversarmos um pouquinho sobre o ambiente de trabalho, sobre as políticas, os veículos internos de comunicação utilizados, os valores da empresa em que trabalha para notar que ela conhece bastante sobre a cultura daquela organização.

No final do ano passado participei do “Work Experience” e trabalhei no SeaWorld Orlando, um bom exemplo de empresa em diversos aspectos, e destaco a habilidade de transmissão da sua cultura organizacional. A temporada de trabalho é curta, três meses em que você faz parte daquela equipe e passa a representar toda a companhia, por isso, a dedicação em transmitir e fazer com que todos os funcionários compreendam e passem a vivenciar a cultura do SeaWorld é grande.

No início do programa, todos os internacionais passam por cursos preparatórios, em que são transmitidas além das informações legais e culturais do país, institucionais e específicas da área de trabalho, orientam como devemos nos vestir, nos comunicar e qual é o comportamento mais adequado diante de algumas situações corriqueiras. Acrescentam detalhes como: o de falar olhando nos olhos dos clientes, não tocar nas crianças, não responder “I don´t know”, “This is not my fault” em nenhuma instância, deveríamos nos desculpar (mesmo que não fosse nossa culpa) e oferecer a melhor alternativa e caso não entendêssemos o que estavam nos perguntando ou pedindo deveríamos sorrir. Todas as ações devem ser baseadas no lema “Make it EASY, QUALITY and MEMORABLE”, o qual esta presente em diversos locais de passagem da equipe de trabalho SeaWorld.

Todas as orientações defendiam que para atingir o maior objetivo do parque, proporcionar um dia inesquecível para os visitantes, a função de cada integrante era primordial, já que cada contado com o “guest” era precioso.

O principal veículo interno de comunicação era o “Splash”, um pequeno folder que continha, por exemplo, a previsão do tempo (infalível!), elogio de algum visitante a um funcionário, mensagem do dia, telefones úteis, agenda do dia, atividades/descontos para os funcionários, além de ter sempre informações que reforçavam os valores e políticas do SeaWorld.

Durante toda a temporada, foi possível notar a transparência do parque com os estudantes internacionais, realizando os “meetings” para falar a respeito do número reduzido de visitantes, corte de horas, forma de pagamento, mudanças organizacionais, e especialmente, sobre a cultura daquele “mundo marinho”.

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